09/03/2012

Retrô 2011: Melódico

Em pleno nove de março e este autor fazendo resenha de disco de 2011! Pois é, o tempo livre deste autor está ficando curto pra essas coisas! Mas e daí, não é? O objetivo dessas resenhas é o leitor ficar conhecendo mais do mundinho do Rock/Metal, então o ano que os CDs foram lançados é irrelevante.

Nesta parte, o tema é Melódico, que tratará do Doom Metal, Sinfônico e Power Metal - e não tratará nenhuma banda como gótica, pois Gothic Metal não existe. Os 3 estilos desta edição são muito criticados e desprezados pelos headbangers atuais, porque eles estão cansados de tanta firula, enrolação, fórmulas repetidas e mais-do-mesmo, e essa crítica se estende até pras bandas de qualidade e são dignas de respeito. Freud explica esse fenômeno? Deve explicar, mas esta Bíblia prefere concluir que simplesmente não faz o estilo desses bangers. Agora divirta-se.


Retrô 2011: Melódico

Banda: Amorphis
Álbum: The Beginning of Times
Estilo: Progressive, Doom, Melodic Death Metal

Sobre a banda: Amorphis é uma banda que está de penetra por aqui, pois além de não haver um espaço pra uma banda como ela, ela também é excluída por ser única. Como você viu acima, ela toca esses três estilos ao mesmo tempo, e no início tocava Doom e Death com levadas bem depressivas, que os rotulava até como góticos. Só acompanhando a banda mesmo pra entender um pouco da complexidade e diversidade de sons.
Sobre o álbum: É bem verdade que qualquer obra do Amorphis sempre foi difícil de rotular, pois a banda nunca quis se prender a algum gênero específico, e sim fazer obras densas, intensas e pesadas com muita técnica. É isso que encontramos nesse álbum, de difícil audição e complexidade notável. Depois de acostumado aos desafios constantes aos ouvidos, o ouvinte começa a perceber a beleza misteriosa desse álbum, que é uma obra conceitual baseada na história de Väinämöinen, um personagem folclórico finlandês, carregada de criatividade e um estranho jeito de compor, mas rico e muito profundo. É difícil de engolir, mas depois de entendido, as coisas aparecem como elas são: belíssimas e de personalidade latente. É uma ótima pedida pra quem gosta realmente de versatilidade e personalidade.
Gravadora: Nuclear Blast
Faixas:
01. Battle for Light
02. Mermaid
03. My Enemy
04. You I Need
05. Song of the Sage
06. Three Words
07. Reformation
08. Soothsayer
09. On a Stranded Shore
10. Escape
11. Crack in a Stone
12. Beginning of Time

Banda: Ava Inferi
Álbum: Onyx
Estilo: Doom Metal

Sobre a banda: Ava Inferi é uma banda portuguesa formada em 2005 pelo ex-integrante do Mayhem, Rune Eriksen, que decidiu fazer uma banda nada a ver com Mayhem e partir pro Doom Metal com elementos sombrios - que os desavisados adoram chamar de gótico - compondo uma banda melódica e soturna.
Sobre o álbum: Uma característica da banda é sempre se superar a cada álbum, onde ela vai aperfeiçoando suas técnicas, atingindo maior nível de profissionalismo e mais personalidade. Desse jeito, esta obra foge do clima de mais-do-mesmo do mundo góticuzinho e melhora seu nível de forma notável. Encontramos uma ótima performance da vocalista lírica Carmen Simões, que enriquece os arranjos densos e peso na medida certa, fazendo o que poderíamos chamar de Doom Metal metido à gótico de raiz, com suas características bem mostradas e executadas. “Onyx” é uma banda nova que já mostra seu talento e também tem capacidade pra se tornar uma das mais emblemáticas do estilo.
Gravadora: Season of Mist
Faixas:
01. Onyx
02. The Living End
03. A Portal
04. ((Ghostlights))
05. Majesty
06. The Heathen Island
07. By Candlelight & Mirrors
08. Venice (in Fog)

Banda: Niobeth
Álbum: Silvery Moonbeams
Estilo: Doom Metal, Progressive

Sobre a banda: Niobeth é uma das várias bandas desconhecidas com vocal feminino que você só vai conhecer se pesquisar muito no underground. Nascida em 2004 e já tendo lançado duas demos, um EP e dois CDs, sendo o último em 2008 chamado “The Shining Harmony of Universe”, o Niobeth construiu sua carreira de forma singela e sem alarde.
Sobre o álbum: E de lá pra cá, a banda adquiriu uma maturidade e profissionalismo tremendamente grandes, visto que antes a banda fazia músicas não muito coesas, e por vezes com falhas nas composições. Mas em “Silvery Moonbeams”, todos os seus elementos são mais concisos e bem acertados, mostrando como a banda é feliz em suas experimentações e seu estilo sombrio. Encontramos guitarras e uma cozinha afiadíssima, que além de mostrar um ótimo desempenho, é um alívio pra quem está cansado do teclado roubar a cena no gênero (a banda nem tecladista tem). E a vocalista Itea Benedicto Colás é uma soprano de primeira, encanta em sua performance e também nos coros majestosos. Apesar de haver certas partes em que seus agudos fiquem um tanto destoados, não é um defeito relevante. Esse disco mostra o talento de uma banda que tem capacidade pra ter prestígio e reconhecimento, a julgar pela criatividade que já apresentaram nesse último registro.
Gravadora: Molusco Records
Faixas:
01. The Banished Princess
02. Eclipse
03. Withered Lullabies
04. Sons of the Earth
05. Campeon
06. Stolen Innocence
07. My Dead Angel
08. I Know that I Know Nothing
09. I Need You to Need Me
10. Sadako’s Wings of Hope
11. Polovtsian Dances
12. Solitude

Banda: Draconian
Álbum: A Rose for the Apocalypse
Estilo: Doom Metal

Sobre a banda: Draconian já é uma banda consagrada no mundo do Doom Metal metido a gótico, surgida em 1994 depois que outras bandas “góticas” já iniciavam suas atividades e marcavam o nome “Gothic Metal” pelo mundo. A banda também se destaca por ter levadas lentas e pesadas e contrastes de um vocal masculino gutural e um vocal feminino límpido.
Sobre o álbum: Seguindo esta fórmula, o Draconian nos presenteia com mais um álbum cativante e profundo simultaneamente, apesar de bem linear e homogêneo, sem haver nenhuma faixa que se destaque. Embora os exigentes se cansem dum álbum interminável que sempre tocam a mesma música de maneiras diferentes, não há motivos mais fortes para tirar a qualidade da obra. Os vocais alternados continuam se contrastando e se alinhando como sempre, e toda a parte instrumental é competente em criar sua atmosfera sóbria que une a lentidão e o mistério com o peso dos riffs e da cozinha, onde o peso neste caso não é no sentido literal, mas figurado. As músicas são realmente carregadas de um pesar e melancolia, que enaltece o talento da banda em criar climatizações sombrias. No final, mesmo se repetindo, o Draconian consegue ser atraente e interessante.
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
01. The Drowning Age
02. The Last Hour of Ancient Sunlight
03. End of the Rope
04. Elysian Night
05. Deadlight
06. Dead World Assembly
07. A Phantom Dissonance
08. The Quiet Storm
09. The Death of Hours
10. Wall of Sighs

Banda: Imperia
Álbum: Secret Passion
Estilo: Symphonic Metal

Sobre a banda: O Imperia é uma banda surgida numa das várias e típicas surubas do Metal Sinfônico. Era uma vez a banda After Forever, de onde o guitarrista Mark Jansen saiu e formou a banda Sahara Dust, junto com a vocalista Helena Michaelsen que era da banda Trail of Tears. Depois de um tempo, ela fugiu com o baterista Steve Wolz pra formar a própria banda na Holanda, o Imperia. E O tal do Sahara Dust? Mudou de nome pra "Epica". E o resto é história.
Sobre o álbum: É com belas composições e uma maravilhosa produção que o terceiro álbum da banda é composto, que é marcado por uma sonoridade bem atraente e elegante, podendo se comparar às bandas mais prestigiadas do Metal Sinfônico. É realmente surpreendente o quanto a banda cresceu e se mostra mais profissional e coesa, seja em suas letras criativas ou no instrumental inspirado e diversificado, cheio de beleza e grandiosidade. E é diversificado mesmo, pois cada música apresenta uma personalidade distinta, seja a voz de timbre diferente, ou as climatizações únicas e peculiares, instrumentações mais virtuosas e intensas ou tranquilas e profundas, enfim, é sempre algo novo a descobrir e se cativar. E isso tudo é bem representado pela voz potente e tocante de Helena, que também é bem versátil. É seguro constatar que “Secret Passion” mostra o quanto a banda tem talento e não deve nada pras bandas mais famosas do estilo. Se alguém duvidar, que ouça esse disco, que é um clássico instantâneo.
Gravadora: Massacre Records
Faixas:
01. Touch Of Your Hand
02. Secret Passion
03. Fragile
04. Out Of Sight
05. Let Down
06. Violence
07. Like Rain
08. Suicide
09. Hold On
10. Greed
11. Missing It All
12. My Sleeping Angel

Banda: Midnattsol
Álbum: The Metamorphosis Melody
Estilo: Symphonic, Folk Metal

Sobre a banda: O Midnattsol é uma banda de Sinfônico nascida em 2002 que se rotula como “Folk Metal Nórdico”, devido às suas influências da música Folk escandinava em seu som. Kolk Metal Nórdico é uma redundância do caramba, mas ok. A banda também tem duas mulheres pra atrair atenção do público, a baixista Birgit Öllbrunner e a vocalista Carmen Elise Espenæs, que é irmã da vocalista da banda Leaves’ Eyes, que coincidentemente é a próxima nessa lista.
Sobre o álbum: Como dito na descrição, o Folk é uma grande marca da banda, mas neste disco ele foi deixado de lado para apresentar músicas com pegadas mais melódicas. A parte instrumental é marcada por tons claros de linhas de guitarra e uma base de tons escuros, tornando essa sonoridade a fórmula primordial do álbum – tendo momentos que causam dejá vù. Também temos dedilhados bem interessantes em vários momentos e alguns sons atmosféricos longos. Outra particularidade do álbum é a voz de Carmen, executada sempre no mesmo tom, mesmo que a parte instrumental peça outra coisa. Isso pareceu até preguiça de cantar! Além disso as músicas são todas longas, o que pode chegar a ser cansativo ao ouvinte. No final, temos um álbum bem linear, infelizmente não muito feliz em sua proposta de ser mais melódico.
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
01. Alv
02. The Metamorphosis Melody
03. Spellbound
04. The Tide
05. A Poet's Prayer
06. Forlorn
07. Kong Valemons Kamp
08. Goodbye
09. Forvandlingen
10. Motets Makt
11. My Re-creation

Banda: Leaves' Eyes
Álbum: Meredead
Estilo: Symphonic, Folk Metal

Sobre a banda: O Leaves’ Eyes é uma banda de Folk e Sinfônico que tem a vocalista Liv Kristine, ex-integrante da banda de Doom Metal Theatre of Tragedy e irmã da vocalista do Midnattsol. Que confusão!!! Além disso, ela é casada com o tecladista Alexander Krall, que faz parte da banda Atrocity também... Ok, tirando tudo isso, é uma banda sinfônica com influências Folk bem marcantes.
Sobre o álbum: É bem verdade que qualquer banda melódica que tenha vocal feminino é subestimada antes mesmo de ela lançar uma obra oficial. Os prejulgamentos e estigmas sobre o Metal Sinfônico com mulheres são cruéis, e para este autor, o Leaves’ Eyes podia justificadamente se encaixar nas expectativas ruins, por não ser lá uma banda tão grandiosa. Mas isso é passado, pois este álbum deu moral à banda! Agora temos uma qualidade superior nas músicas coesas e consistentes, realmente dignas de respeito. A voz cristalina de Liv é mais acentuada e também recebe grande apoio de outras cantoras na hora dos coros, que são magnificamente épicos. O instrumental também não deixa a desejar, não com os músicos convidados e especialistas em tocar instrumentos Folk para maximizar a qualidade do álbum, cheio de orquestrações cativantes e com um brilho ímpar e luminoso, literalmente! Este álbum engrandeceu o Leaves' Eyes e conseguiu nos deixar na expectativa por seus próximos trabalhos.
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
01. Spirits' Masquerade
02. Étaín
03. Velvet Heart
04. Kråkevisa
05. To France
06. Meredead
07. Sigrlinn
08. Mine Tåror er ei Grimme
09. Empty Horizon
10. Veritas
11. Nystev
12. Tell-Tale Eyes
13. Sorhleod (bônus)

Banda: Krypteria
Álbum: All Beauty Must Die
Estilo: Symphonic Power Metal

Sobre a banda: Krypteria é uma banda relativamente conhecida no cenário e desconhecida nos outros cenários do Metal. Seu principal destaque é a vocalista, um fetiche ambulante só por ser uma coreana. Ela é porta-voz de uma banda que toca um Sinfônico épico e inovador por ser original, diferente do usual que você encontra por aí.
Sobre o álbum: À primeira vista temos um álbum que parece preguiçoso por não ser tão cheio de firulas quanto outras obras características do estilo, mas como dito antes, a banda é diferente. Neste álbum, uma característica do grupo se intensificou, que é dar atenção a todo instrumento em especial, tornando um baixo mais que um mero instrumento decorativo, por exemplo. Então ouvimos obras assimiláveis facilmente por não serem tão cheias de detalhes, o que intensifica a interação, organicidade e a naturalidade da banda. O que não diminui sua grandiosidade, pois temos um instrumental bem acertado com todos os riffs, andamentos, passagens e até efeitos bem dosados, e a coreana gostosa vocalista completa tudo com sua voz melodiosa e fina, mas bem firme. Este disco é uma ótima pedida pra quem gosta de música melódica mais direta e precisa, além de ser mais um triunfo do Krypteria.
Gravadora: Liberatio Music
Faixas:
01. Messiah
02. As I Slowly Bleed
03. Fly Away With Me
04. You Killed Me
05. Live To Fight Another Day
06. Eyes Of A Stranger
07. Thanks For Nothing
08. Turn The World Around
09. Higher
10. Victoria
11. (How Can Something So Good) Hurt So Bad
12. The Eye Collector

Banda: Visions of Atlantis
Álbum: Delta
Estilo: Symphonic Power Metal

Sobre a banda: O Visions of Atlantis é uma das bandas mais características do gênero, tocando metal melódico. E ele também já teve quatro vocalistas! Na ordem: Nicole Bogner (que inclusive faleceu neste ano), Melissa Ferlaak, Johanna Nieniewska e a atual, Maxi Nil. Sinceramente, isso é só detalhe, pois o estilo das quatro não era diferente.
Sobre o álbum: Todos os álbuns seguem uma mesma linha de composição e estilo, e você não encontrará grandes surpresas neste também. Isso é ruim pros reclamões que dizem que “você já ouviu isso antes” e é bom para os que gostam realmente do estilo e preferem uma coisa conhecida do que mal-feita. Aqui vemos linhas de teclado e guitarra bem interessantes que recheiam o álbum no todo, mas o destaque mesmo são as dobradinhas dos cantores Maxi Nill e Mario Plank, que se unem para cantar, o tempo todo. E a julgar pelas vozes que não se contrastam – Mario canta como um artista pop! – e pela parte instrumental que não sai muito do lugar comum, e até fica mais acessível, notamos um apelo pop pelo álbum, o que pode ser ruim ou bom, dependendo do freguês. De qualquer jeito, “Delta” não marca um retorno da banda com uma nova vocalista, pois como dito antes, elas sempre mantiveram timbres parecidos, sem novidades. E isso não é necessariamente ruim, pois é bom que a banda mantenha sua personalidade e identidade, que ela não fique presa a uma vocalista específica. Mas é possível que alguns já fãs do gênero ignorem ou desgostem deste álbum por não trazer grandes novidades. Pra curti-lo, é melhor não criar tantas expectativas exigentes.
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
01. Black River Delta
02. Memento
03. New Dawn
04. Where Daylight Fails
05. Conquest Of Others
06. Twist Of Fate
07. Elegy Of Existence
08. Reflection
09. Sonar
10. Gravitate Towards Fatality

Banda: Battlelore
Álbum: Doombound
Estilo: Symphonic Power Metal

Sobre a banda: O Battlelore é uma banda nascida em 1999 e é conhecida por misturar o Metal Sinfônico e elevá-lo ao nível épico do Power Metal, com duas vozes (masculina e feminina) para se contrastarem, chamadas Tomi Mykkänen e Kaisa Jouhki respectivamente. A banda vem fazendo histórias épicas típicas e marcando sua presença na cena, apesar de pouco reconhecimento.
Sobre o álbum: “Doombound” pode redimir a banda do disco ruim “The Last Alliance” de 2008, pois ela conseguiu ser épica e cinematográfica como nunca foi antes. Não chega a ser um Rhapsody da vida, mas as composições são bem intensas e tocantes, de complexidade e magia notáveis. Ele conta a história de Túrin Turambar, o personagem principal da história The Children Of Húrin, de Tolkien. E foi abençoada por este padroeiro do Power Metal (que título horrível, autor!) que o Battlelore conseguiu elevar seu nível e deixar os fãs contentes com uma grande obra. Outro destaque além das vozes, é a tecladista e flautista Maria Honkanen, que simplesmente arrebenta em sua performance, dando passagens e introduções incríveis. É uma afirmação correta dizer que este disco é um dos melhores da carreira do Battlelore, podendo até ser um clássico no futuro.
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
01. Bloodstained
02. Iron of Death
03. Bow and Helm
04. Enchanted
05. Kärmessurma
06. Olden Gods
07. Fate of the Betrayed
08. Men as Wolves
09. Last of the Lords
10. Doombound
11. Kielo

Banda: Ancient Bards
Álbum: Soulless Child
Estilo: Symphonic Power Metal

Sobre a banda: Temos em mãos uma das bandas mais únicas desse gênero melódico. Com instrumentais incrivelmente épicos e complexos, uma voz feminina brilhando sozinha ou em coros, o Ancient Bards pode muito bem ser tão consagrado quanto Rhapsody of Fire no futuro, não só pela semelhança na complexidade, quanto pela qualidade. A banda surgiu em 2007 e lançou um EP em 2008 e seu penúltimo disco em 2010.
Sobre o álbum: Temos a definição de "épico" ao ouvir este álbum! Ele é tão complexo e excelente que sentimos a técnica e o feeling ao mesmo tempo, coisa que só os músicos mais habilidosos conseguem transmitir. E não é por acaso, a banda tem todos os seus músicos alinhados e afiados tocando com muito vigor e fazendo obras riquíssimas, dignas de maior reconhecimento e prestígio. As linhas de guitarra são muito ágeis e atraentes, o teclado harmonioso e a cozinha faz valer seu dever, e pra completar, a vocalista já mostra um domínio de voz bem avançado. Apesar de que seu timbre talvez não agrade a todos, especialmente quem espera por uma voz mais "feminina". As músicas preenchem muitos minutos da sua vida, mas todas valem toda a atenção necessária e indispensável. Então, o que todos estão esperando pra ouvir logo? Ah, e vejam seu clipe!
Gravadora: Limb Music GmbH
Faixas:
01. Struggle For Life
02. To The Master Of Darkness
03. Gates Of Noland
04. Broken Illusion
05. All That Is True
06. Valiant Ride
07. Dinanzi Al Flagello
08. Soulless Child
09. Through My Veins
10. Hope Dies Last

Banda: Pegazus
Álbum: In Metal We Trust
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: Pegazus é uma banda australiana nascida em 1993 e ninguém sabia da existência dela! Fontes dizem que ela mudava sempre de formação e por isso a banda só lançou cinco álbuns oficiais. E a banda toca o Power Metal bem tradicional, do estilo do Manowar ou Helloween, uma salvação pra quem está cheio de firulas complexas.
Sobre o álbum: Já é uma característica da banda ser simples e direta, sem frescuras e com pegada eficientemente atraente. Aqui também estão todos os clichês do Metal tradicional, como a adoração ao estilo (começado pelo título do álbum) e temas relacionados. O álbum inteiro é uma peça única onde seu maior trunfo é a simplicidade e amor pelo estilo, e é ótimo ter uma banda tradicional em meio a tantas outras mais evoluídas. A produção e a execução também estão aceitáveis, o instrumental é bem coeso e o vocal tem um timbre parecido com o de Eric Adams (Manowar) e Joacin Cans (Hammerfall), o que traz bons momentos de variações. E por último, este disco está pronto para ser apreciado.
Gravadora: Black Leather
Faixas:
01. Metal Messiah
02. Road Warrior
03. Old Skool Metal Dayz
04. We Live To Rock
05. Haunting Me
06. Eye For An Eye
07. Ghost Rider
08. Metal Gods
09. End Of The World
10. Death Or Glory

Banda: WarCry
Álbum: Alfa
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: WarCry é uma banda espanhola que além de tocar Power Metal, já lançou 6 álbuns e recebeu uma grande repercussão por este novo álbum, sem quase nenhuma informação sobre ele pela internet! A banda também se destaca por cantar em espanhol e por provar que tem gente na Espanha que não curte a música popular de lá.
Sobre o álbum: Certamente o maior destaque do álbum é o fato dele ser cantado em espanhol, pois a linguagem encaixa no estilo e não fica parecendo o Gato de Botas do Shrek cantando Metal. Apesar da novidade, não ouvimos nada de diferente do que você já ouviu por aí no Melódico tradicional, o que não é ruim necessariamente (como nunca é). Mas também notamos uma falência nas composições, onde a cozinha é pouco trabalhada. Isso pode ser consertado pelo fato de haver certas orquestrações e melodias de fundo que permeiam as músicas, além das linhas de guitarra que se tornam o principal atrativo. Sim, as músicas poderiam ser melhor trabalhadas e transmitir mais força e garra, mas não fazem o álbum ruim, pois ele tem seus atrativos. Podem não atrair a todos, mas são o que a banda pode oferecer neste registro.
Gravadora: Avispa Music
Faixas:
01. Alma De Conquistador
02. La Muerte De Un Sueño
03. Cobarde
04. Tan Fácil
05. Recuérdalo
06. Amistad
07. Apariencias
08. Ardo Por Dentro
09. Todo Es Infierno
10. Libre Como El Viento

Banda: Bloodbound
Álbum: Unholy Cross
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: Bloodbound é uma banda nascida em 2004 e desde então já tem executado muito bem todos os clichês do gênero, e por isso sendo respeitada. Sem maiores acontecimentos marcantes, a banda já lançou três álbuns em 2006, 07 e 09, além deste último, e todos mantendo a sua qualidade.
Sobre o álbum: Todas as características (ou clichês) do Power Metal estão aqui: as melodias épicas nas composições bem intrincadas com instrumentos impecáveis e um vocalista afinadíssimo, um destaque neste disco. Está tudo tão perfeito que pode soar até chato! Isso porque as músicas são longas e tem andamento lento para o usual, o que pode tornar a audição do álbum inteiro bem demorada e cansativa. Por isso é recomendada a audição de faixa por faixa calmamente, sem esperar que a sonoridade mude ou guarde surpresas, porque a sonoridade geral é bem linear. Apesar de tudo, há uma magia estranha neste álbum que atrai o ouvinte e o faz aceitar o álbum ser cansativo, que é o empenho e desempenho apresentado e executado pelos músicos. Por isso desafie a si mesmo e veja o quanto sua insônia resiste!
Gravadora: AFM Records
Faixas:
01. Moria
02. Drop the Bomb
03. The Ones We Left Behind
04. Reflections of Evil
05. In for the Kill
06. Together We Fight
07. The Dark Side of Life
08. Brothers of War
09. Message from Hell
10. In the Dead of Night
11. Unholy Cross

Banda: Powerwolf
Álbum: Blood of The Saints
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: O Powerwolf é uma banda que tem uma característica toda especial: é toda cadenciada pra combinar com seus temas obscuros e anticristãos, como se fosse Black Metal! Isso mesmo, o dragão do Power Metal queimando igrejas! A banda tem letras inteligentes e um senso de teatralidade bem interessante que é de atrair até cristãos. Apesar disso, a banda só se leva a sério nas suas ideias, não nas suas letras bobas que também existem, nem nos seus personagens. Isso não lembra alguém?
Sobre o álbum: O álbum está uma mistura de duas coisas: de um lado, músicas bem compostas e criativas com ótimos momentos, apesar de haver um ou outro fraco e previsível. Vale destacar a voz de Atilla Dorn, que é original, versátil e muito potente. Toda a parte instrumental é bem composta e guardam momentos empolgantes e vibrantes. Mas por outro lado, encontramos letras patetas e bobas que não são nada edificantes. Talvez seja um desperdício esse potencial que a banda desperdiça ao se portar seriamente, tocar com competência e... ter letras que não apresentam conteúdo profundo. Mas e daí? O som é bom! E você fala português, não é? Então não faz muita diferença o que a banda canta ou não. Na parte instrumental, o Powerwolf não deve nada a ninguém.
Gravadora: Metal Blade Records
Faixas:
01. Opening: Agnus Dei
02. Sanctified with Dynamite
03. We Drink Your Blood
04. Murder At Midnight
05. All We Need Is Blood
06. Dead Boys Don't Cry
07. Son of a Wolf
08. Night of the Werewolves
09. Phantom of the Funeral
10. Die, Die, Crucified
11. Ira Sancti (When the Saints Are Going Wild)

Banda: Theocracy
Álbum: As The World Bleeds
Estilo: Progressive Power Metal

Sobre a banda: O Theocracy é o oposto do Powerwolf, é uma banda de Power Metal com letras cristãs! Eita mundinho! Este é o terceiro disco da banda que nasceu em 2002 e mostra que um tema que já nasceu épico como a mitologia cristã pode ser ainda mais épico em versão Power Metal. Finalmente uma Música Gospel de qualidade!
Sobre o álbum: Aqui o Theocracy mostra como é uma das melhores bandas da atualidade no estilo. Seu estilo é marcado pela complexidade e técnica, fugindo da mesmice do gênero e flertando com o Progressivo, deixando a sonoridade e composições bem atraentes e com qualidade pra ninguém botar defeito. Da primeira faixa até a última, viajamos num show de talento e desempenho com coros, orquestrações, passagens bem interessantes e com a inspiração tinindo, mostrando também variedade de sons. Também podemos destacar a atuação do instrumental que está otimamente organizado, dando atenção necessária a cada instrumento, além do vocalista mostrar um domínio muito bom da sua voz, emocionante e agressiva quando necessária. “As The World Bleeds” é um ótimo registro de uma grande banda, e a única coisa que pode desprestigiá-lo é a cabeça dos ateus e headbangers bitolados cheios de ressentimento e intolerância pelo Cristianismo.
Gravadora: Ulterium Records
Faixas:
01. I Am
02. The Master Storyteller
03. Nailed
04. Hide in the Fairytale
05. The Gift of Music
06. 30 Pieces of Silver
07. Drown
08. Altar to the Unknown God
09. Light of the World
10. As the World Bleeds

Banda: Power Quest
Álbum: Blood Alliance
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: O Power Quest é uma banda que está começando a ficar conhecida no gênero. Diferente das demais, ela incorpora sonoridades de Hard Rock Melódico nas músicas, também chamado de AOR. Mas a banda é de Power Metal!
Sobre o álbum: No começo a banda tinha como vocalista Alessio Garavello, depois ele foi trocado por Pete Morten em 2009, e também foi trocado por Chity Somapala em 2010. Este registro mostra o trabalho de Chity, que se mostra bem-sucedido ao apresentar técnica e potência vocal. Seu timbre pode não ser agudo para o usual do gênero, mas isso não é um ponto negativo, pois sem querer (ou de propósito) ele dá um contraste com a parte instrumental que está excelente. As partes melódicas de Hard Rock Melódico substituem aquelas levadas e orquestrações de teclado, o que é um belo diferencial da banda. Além disso, a sonoridade tem um brilho especial, uma alegria pulsante que contagia o ouvinte, fazendo valer a pena ouvir o registro do início ao fim. E agora que a banda trocou de vocalista de novo (Colin Callanan), vamos torcer pra que ele também se encaixe no estilo do Power Quest. Afinal, o contraste de voz grave de Chity é interessante, mas é um detalhe que pode ser melhorado.
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
01. Battle Stations
02. Rising Anew
03. Glorious
04. Sacrifice
05. Survive
06. Better Days
07. Crunching the Numbers
08. Only in my Dreams
09. Blood Alliance
10. City of Lies

Banda: Wizard
Álbum: ... Of Wariwulfs and Bluotvarwes
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: O Wizard é um curso de inglês e espanhol uma banda consagrada de Power Metal que se destaca pelas suas letras típicas de Manowar e também pelo trabalho dos artistas, com seu grande peso na bateria e pelo vocalista de voz rasgada. A banda também tem uma história grande e um longo tempo na estrada, com nove CDs lançados.
Sobre o álbum: É interessante como ao ouvirmos o álbum, temos a impressão de nos depararmos com um homem parrudo cantando Power Metal. Isso se deve pela sonoridade crua e direta, com a bateria disparando em tremenda velocidade igualmente aos riffs, e o vocalista rasgando sua voz pra tornar o feeling agressivo e impactante, mas sem deixar de ser épico. O tom “dark” que permeia o álbum também é presente nas letras que abordam temas como lobisomens, bruxas, coisas de Halloween. Pode não ser um dos melhores trabalhos da banda ou um dos mais inovadores, mas é um dos que mais mostram personalidade e estilo próprio, além de ser uma boa porta de entrada para novos fãs.
Gravadora: Massacre Records
Faixas:
01. ...Of Wariwulfs and Bluotvarwes
02. Undead Insanity
03. Taste of Fear
04. Bluotvarwes
05. Messenger of Death
06. In the Sign of the Cross
07. Fair Maiden Mine
08. Hearteater
09. Hagre
10. Bletzer
11. Hagen von Stein

Banda: Iron Savior
Álbum: The Landing
Estilo: Power Metal

Sobre a banda: O Iron Maiden Savior é uma das bandas conhecidas desse gênero, que marca com seu Power Metal sem firulas e muito fiel às suas raízes, sem querer inovar muito e fazendo obras boas e repetitivas. Afinal, é melhor um clichê bem executado que uma coisa nova e fedorenta.
Sobre o álbum: É seguindo essa linha que a banda se desenvolve em seu álbum, com músicas ágeis e pesadas, e onde até em momentos mais cadenciados o feeling é mantido. A bateria acompanha a velocidade dos riffs de guitarra e baixo e o vocalista dá todo o feeling necessário para que o ouvinte se alegre com o disco. Bem, não há muito o que dizer além disso: o álbum é um mais-do-mesmo, um feijão coma rroz gostoso e só funcionará pra quem gosta do estilo, ainda que seja variado em certos momentos. Dentro da sua proposta, ele é empolgante e vale a pena.
Gravadora: AFM Records
Faixas:
01. Descending
02. The Savior
03. Starlight
04. March of Doom
05. Heavy Metal Never Dies
06. Moment in Time
07. Hall of the Heroes
08. R. U. Ready
09. Faster than All
10. Before the Pain
11. No Guts, No Glory

Banda: Dragonland
Álbum: Under the Grey Banner
Estilo: Symphonic Power Metal

Sobre a banda: Dragonland é uma banda apagada por outras mais famosas, mas que está no mesmo nível delas. É o tipo de banda que guarda tesouros para que curiosos como nós possamos explorar e descobrir. No caso, esse tesouro está guardado no fundo de uma caverna protegida por elfos negros.
Sobre o álbum: Como um bom CD de Power Metal, ele conta uma história épica, chupada de inspirada em Senhor dos Aneis. Pra que fazer uma história nova quando podemos homenagear um clássico? E olha, é uma belíssima e estupenda homenagem que este álbum faz, porque é como a trilha sonora metalizada que a trilogia de filmes de Peter Jackson merece. As canções não são só épicas, são muito mais grandiosas do que qualquer um poderia imaginar. Você se transporta para o mundo medieval e se sente como um cavaleiro cheio de si e pronto pra matar um dragão quando ouve essa obra magnífica. Ela é repleta de orquestrações pomposas, partes instrumentais riquíssimas em criatividade e melodias memoráveis, e uma atmosfera mágica de glória e bravura que é contagiante. Os coros, andamentos mais lentos e intensos, ou mais rápidos e ágeis, tudo está aqui para envolver o ouvinte e deixá-lo extasiado com um álbum estupendo. Esse disco aqui, mais do que todos os outros desta categoria, é imperdível. Ouça de uma vez, e não esqueça de lustrar sua armadura.
Gravadora: AFM Records
Faixas:
01. Ilmarion
02. Shadow Of The Mithril Mountains
03. The Tempest
04. A Thousand Towers White
05. Fire And Brimstone
06. The Black Mare
07. Lady Of Goldenwood
08. Dûrnir's Forge
09. The Trials Of Mount Farnor
10. Throne Of Bones
11. Under The Grey Banner
12. Ivory Shores

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