29/03/2018

Retrô 2016: Extras

Eis a última parte da Retrô 2016, a retrospectiva que seu próprio autor achou que nunca ia terminar! Ele achou que ia ser igual aquelas míticas obras inacabadas, que o autor morreu antes delas serem concluídas. Mas ei-la aqui!

E esta parte é dedicada a falar um pouco (hahahahaha "um pouco", tá bom) dos bastidores da criação e desenvolvimento da Retrô 2016, e também das retros passadas. Porque a "Retrô" é mais antiga do que pode parecer, assim como o atraso na entrega dela! A verdade é que, quanto mais ela é bem desenvolvida, mais ela demora pra ser publicada. Isto infelizmente é um fato, uma maldição, que este autor ainda pretende quebrar no futuro. Um dia ele há de publicá-la, no máximo do máximo, até o fim de janeiro do ano seguinte!!! Porque sabe como é, alguns discos demoram um pouco mais pra aparecerem na internet, igual os filmes do Oscar que só chegam em janeiro e fevereiro aqui no Brasil. Mas você consegue adivinhar quando a primeira Retrô foi lançada?

27/03/2018

Retrô 2016: Jewels

Esta deveria ser a última parte da Retrospectiva 2016, e se chamar "Extras", mas agora é a penúltima! A razão dessa mudança drástica de última hora é a seguinte: lembra que este autor mencionou no artigo anterior que ia dar umas indicações rápidas? Pois então, essas indicações na verdade eram discos que não entraram nas Retrôs anteriores, tanto por não se encaixaram na temática delas, quanto por estarem "na reserva". Explicando melhor, este autor pegou um monte de discos, e os que ele ouviu e gostou, ele publicou. Os discos que restaram iam ficar de indicação depois nos Extras, se fossem bons o bastante para tal. Mas aí o profeta pensou "Cara, essa indicações são tão boas quanto os discos que ganharam resenha! Tem verdadeiras preciosidades aqui, se eu não falar delas também, vão pensar que eu sou preguiçoso e desleixado, e não quero que as pessoas saibam essa verdade". Então taí, uma categoria novinha em folha, resenhando verdadeiras joias, maravilhas do Rock clássico, cadenciado e lisérgico, e uns lançamentos de Metal que passaram fora do radar de muita gente, mas que não merecem ficar no esquecimento. Sejam bem-vindos à:


Retrô 2016: Jewels

Banda: Moss Agate
Álbum: Stockin' Da Boiler
Estilo: Blues Rock

Isso sim é um disco feito com coração, com alma. Dá pra perceber isso logo pela capa, que é um cartum caricaturando os integrantes da banda - provavelmente desenhado por um integrante mesmo, ou pelo amigo de um integrante, que fez esse servicinho com a promessa de ser pago um dia. Dá pra perceber também pelo completo anti-profissionalismo da banda, já você não vai encontrar NADA sobre ela no Google, nada de site oficial ou coisa mais séria, só seu canal do YouTube e seu Facebook. E também pelo álbum não ter uma produção e mixagem mais refinada. Mas apesar de parecer, isso tudo que o profeta está falando é no bom sentido! Pois tudo isso mostra o que o Moss Agate melhor transmite: naturalidade, espontaneidade e a vontade de se divertir tocando um bom Rock clássico. Bom não, ótimo! Todos os artistas são bem soltos e desenvoltos, tocam suas melodias e notas como se fosse a coisa mais natural do mundo, tendo alguns momentos que parecem até improviso. A timbragem das guitarras vibra e ecoa fácil pelos nossos ouvidos, e emitem um sentimento bom de "estou em casa", como se essa sonoridade fosse tudo que precisávamos desde sempre. O vocalista também se destaca por passar entusiasmo, chegando até a se esgoelar quando se empolga, nos proporcionando risos no cérebro e diversão. Enfim, é devido a toda essa qualidade e anti-profissionalismo que este autor considera "Stockin' Da Boiler" tão precioso quanto o lendário disco "Maiden Voyage", um show de naturalidade e paixão pelo Rock.
Faixas:
01. Sometimes You'd Rather Forget
02. Wild Dogs
03. Night Time Again
04. In Over Our Heads
05. Woven From What You Were
06. If You Wanna Play
07. Exited
08. We The People
09. Lines In The Records
10. An Endless War
11. A Tired Old Workin' Man

Banda: Sari Schorr
Álbum: A Force of Nature
Estilo: Blues Rock

Sari Schorr é um dos maiores nomes femininos do Blues atual, e esse disco mostra porquê. O som totalmente calcado no Rock clássico, cheio de groove, notas agudas alongadas e inspiradas, melodias pegajosas, ritmo gostoso e sonoridade engajante são ótimos, são um primor, maaas acabam sendo só um plano de fundo para o brilhantismo de Sari, que é a verdadeira estrela. Desde o início percebemos que as músicas buscam colocá-la como a protagonista invicta, que faz tudo que se pode esperar de uma cantora profissional e bem-treinada, se dando bem nas transições, notas mais longas, gritos, enrolações (aqueles "uôôôôu uáááá iéaaaaaaah humm ieeeeeeeeeeee"), etc. É verdade que também há bastante exibicionismo da parte dela, como se ela estivesse desesperada pra impressionar os jurados do The Voice, mas pelo menos não é uma coisa que soa forçado ou exagerado, mas sim apenas uma cantora que não tem vergonha de assumir que tem um dom e que sabe usá-lo bem. Os melhores momentos do disco certamente são os solos ou os finais das músicas, onde o instrumental e Sari continuam a canção sem parar, indo em frente, se repetindo e se alongando até enjoar, até que a bateria e as notas deem seus últimos suspiros e enfim, terminem. De uma forma geral, "A Force of Nature" é um disco bem fácil de assimilar e de se apegar, e deve agradar até os que nem são tão ligados em Rock. É uma força da natureza arrebatadora, como o próprio título diz.
Faixas:
01. Ain't Got No Money
02. Aunt Hazel
03. Damn The Reason
04. Cat And Mouse
05. Black Betty
06. Work No More
07. Demolition Man
08. Oklahoma
09. Letting Go
10. Kiss Me
11. Stop, In The Name Of Love
12. Ordinary Life

Banda: Purson
Álbum: Desire's Magic Theatre
Estilo: Rock Psicodélico

A partir daqui, as coisas começam a ficar mais estranhas, diferenciadas e lisérgicas. "Desire's Magic Theatre" passa muito bem a sensação de estar no País das Maravilhas, pois é repleto de músicas impossíveis de prever seus rumos e sonoridades. Os músicos tradicionais (baixista, guitarrista e baterista) ancoram nossos ouvidos na sonoridade clássica do Rock, mas executam melodias e andamentos que fogem totalmente do esperado, remetendo às vezes ao experimentalismo que era tão comum nas bandas de Rock Progressivo de outrora. Nesse caso, o Purson é bem mais sucinto, sua viagem não se estende por tanto tempo. Os teclados (teclado Wurlitzer, órgão, mellotron) também contribuem bastante para o efeito alucinógeno, reverberando sons vibrantes. Nossa única guia nessa viagem astral é a voz de Rosalie Cunningham, que cativa desde o primeiro segundo que a ouvimos por ser dona de um timbre marcante e imponente, mas afável ao mesmo tempo. E nem ela escapa da psicodelia, às vezes sua voz é tratada com efeitos que a deixam distorcida e meio tenebrosa em certos momentos. E por tudo que este autor está descrevendo, parece um disco caótico e difícil de ser assimilado, mas é justamente o contrário! Apesar de toda sua imprevisibilidade e doideira, as músicas fluem com muita leveza e graciosidade, sendo até apaixonante. É uma experiência nova e cômoda ao mesmo tempo. E o álbum ainda adquire um status maior de importância por ser o último trabalho da banda em vida, já que ela terminou em 2017. É bem triste para os fãs do Rock psicodélico progressivo e criativo, mas vamos esperar que os músicos ressurjam com outras bandas e projetos no futuro.
Faixas:
01. Desire’s Magic Theatre
02. Electric Landlady
03. Dead Dodo Down
04. Pedigree Chums
05. The Sky Parade
06. The Window Cleaner
07. The Way It Is
08. Mr Howard
09. I Know
10. The Bitter Suite

17/03/2018

Retrô 2016: Stars

E chegou a tão esperada última parte da retrô 2016, que reúne os discos das bandas mais famosas do cenário! Aqui só tem nomes grandes, as lendas, os mitos, que às vezes entregam trabalhos não tão míticos assim. Nesta parte, essa decepção acontece pelo menos duas vezes, porque aqui, é assim: este autor está liberado pra falar mal do disco quando ele for ruim. Não é como as outras categorias em que ele só escolheu discos bons. Aqui o critério de seleção é "o disco ser de uma banda famosona". Se ele é bom ou é ruim, aí são outros quinhentos. E é sobre esses quinhentos que este autor vai falar agora:


Retrô 2016: Stars

Banda: AC/DC Airbourne
Álbum: Highway To Hell Breakin' Outta Hell
Estilo: Hard Rock

É um pouco difícil falar sobre o Airbourne, porque a banda nunca muda seu estilo. Ela se empenha 100% em ser a reencarnação do AC/DC com mais jovialidade e agressividade. Então não há muito a opinar ou exigir, apenas que a banda mantenha sua qualidade dentro da sua fórmula. Felizmente é o que acontece neste quarto lançamento da banda, que começa com a arrasa-quarteirão "Breakin' Outta Hell", descansa e recupera o fôlego com "Rivalry", e segue com seu Rock ácido e pesado pelo restante do disco, sustentando um ritmo e energia constantes que fazem o disco estar sempre num ponto alto. Sempre com seu Hard Rock agressivo, pesado e ácido de sempre, backing vocals na hora do refrão, solos afiadíssimos, riffs eficientes e pegajosos, e ritmo e batidas aceleradas pra não deixar a adrenalina baixar. E dentro dessa fórmula, existem alguns destaques: "Rivalry" consegue manter a empolgação, mesmo com o ritmo mais lento e marcado, "Thin The Blood" tem uma pegada bem punk, "When I Drink I Go Crazy" tem um baixo MUITO marcante, "It's All for Rock N' Roll" é uma das músicas mais "hinos do Rock" já feitas pela banda, "Down On You" é a trilha sonora perfeita de praticantes de cunilíngua... Enfim! O AC/DCirbourne ainda está em plena forma, vamos esperar que eles continuem esse furor agressivo e juvenil por muito tempo.
Faixas:
01. Breakin' Outta Hell
02. Rivalry
03. Get Back Up
04. It's Never Too Loud for Me
05. Thin the Blood
06. I'm Going to Hell for This
07. Down on You
08. Never Been Rocked Like This
09. When I Drink I Go Crazy
10. Do Me Like You Do Yourself
11. It's All for Rock N' Roll
Faixa bônus da edição limitada:
12. Bombshell

10/03/2018

Retrô 2016: Furious

Vamos conhecer agora o lado mais violento, agressivo, barulhento e caótico do Metal! Aqui teremos os principais destaques da música extrema, indo do Thrash ao Black Metal, passando por estilos compostos que são meio complicados de entender e identificar, mas que este autor vai ter a bondade de explicar direitinho, em vez de agir como esses sites de download que chamam a banda de Gothic Sludge Drone Groove Hiper Master Blaster Destructor 3000 Wild Metal Sinfônico Progressivo. Inclusive tem muitos discos aqui que não são de um gênero específico, mas sim uma mistura de dois estilos, ou até três! Isso acontece porque não são as bandas que se encaixam nos rótulos, e sim os rótulos que tentam definir e categorizar as bandas. As bandas tocam o que quiser, experimentam o que quiser, e são capazes até de misturar coisas impensáveis, como é o caso do Fleshgod Apocalypse ali em baixo. Então, pra saber como as bandas pesadonas se saíram, chega de enrolação:


Retrô 2016: Furious

Banda: Vektor
Álbum: Terminal Redux
Estilo: Symphony X com riffs Thrash Metal Progressivo com alma de Thrash Metal, ou vice-versa

O Vektor nasceu em 2004, e já nasceu idolatrado pelos críticos e pelos metaleiros que estavam sentindo falta de algo genuinamente inovador e diferente. O Vektor apareceu cumprindo essa demanda sendo uma banda progressiva, que investe em músicas longas, subverte as estruturas convencionais, compõe canções imprevisíveis, e tem uma grande complexidade musical e significância nas letras, já que, como se não bastasse, este álbum se dedica a narrar uma história espacial no melhor estilo ficção científica. Ah, e ainda tem um vocalista que tem a voz parecida com a do Abbath. Então é meio difícil de recomendar esse álbum pra alguém. Tipo, se você gosta de Thrash Metal, navezinhas, enrolação, e uma voz de velha coroca se arrastando... esse álbum é pra você!!! Mas falando sério, "Terminal Redux" é uma obra bem densa e difícil de ser assimilada, mas percebe-se que existe algo de bom no meio de tanta coisa intragável à primeira vista. As canções cumprem muito bem a missão de juntar técnica, melodia e criatividade numa base essencialmente acelerada e truculenta, e nada soa exagerado (dentro da sua proposta). É a teoria do "caos organizado" em sua plena forma. Vale destacar também alguns efeitos sonoros que remetem aos efeitos de filmes sci-fi, tipo "pew pew pew" e "vuuooooaaaash". Ok, aqui escrito, ficou ridículo, mas nas músicas, fica legal! Mas taí, pra quem acha que o Metal não tem nenhuma banda inovadora hoje em dia, algumas bandas como o Vektor são as que mais são destacadas e comentadas pelas mídias especializadas, provando que o estilo ainda não se consumiu totalmente. Ainda existem muitas possibilidades.
Faixas:
01. Charging Тhe Void
02. Cygnus Terminal
03. LCD (Liquid Crystal Disease)
04. Mountains Above Тhe Sun
05. Ultimate Artificer
06. Pteropticon
07. Psychotropia
08. Pillars Оf Sand
09. Collapse
10. Recharging Тhe Void

Banda: Insomnium
Álbum: Winter's Gate
Estilo: Death Metal Melódico depressivo

Você sabia que o Death Metal Melódico não é necessariamente uma banda de Death com um solo de guitarra melódico no meio da música? Não? Isso que dá ouvir só Arch Enemy e bandas que imitam o Arch Enemy. O Insomnium já dominou a arte do Death Metal sombrio e melódico com seus mais de 20 anos de experiência, e já tem alguns clássicos na sua discografia. Provavelmente este lançamento também se tornará clássico, pois além de capturar bem o estilo da banda, trata-se de um disco conceitual que narra a história de um grupo de vikings enfrentando o inverno pra alcançar uma ilha lendária localizada no oeste da Irlanda. Essa história é narrada também em um livro que vem junto do disco (com a linguagem em inglês, alemão e finlandês) e em audiobook. Agora falando da parte musical, "Winter's Gate" consiste numa música gigante de 40 minutos dividida em 7 partes (por isso as faixas são intituladas desse jeito, não é preguiça de inventar título), e delas emana uma aura gélida e intensa de dramaticidade, que toca o ouvinte, ao mesmo tempo que ele é bombardeado de um som possante, ágil e gutural. É de surpreender como essas duas sonoridades se encaixam e combinam, transmitem a ideia de que a profundidade e melodia não nos deixam em letargia, mas sim em inquietação. Quando você ouvir, vai entender.
Faixas:
01. Winter's Gate, Pt. 1
02. Winter's Gate, Pt. 2
03. Winter's Gate, Pt. 3
04. Winter's Gate, Pt. 4
05. Winter's Gate, Pt. 5
06. Winter's Gate, Pt. 6
07. Winter's Gate, Pt. 7

Banda: Dark Tranquillity
Álbum: Atoma
Estilo: Death Metal Melódico

Poucas bandas conseguem ter um nome tão auto-explicativo. O Dark Tranquility é um dos pioneiros do Death Metal Melódico, e junto com o disco acima, poderia muito bem estar na Retrô Deepness, mas como esses discos foram considerados destaque no Metal extremo, este autor só está seguindo a boiada. Além de entoar riffs e notas cadenciadas, "Atoma" traz a peculiaridade de deixar em destaque as melodias de piano e teclado sintetizador, que emite notas eletrônicas sem nenhuma vergonha, só pra dar aquele toque especial na coisa. Outro destaque é o vocalista Mikael Stanne, que aproveita pra exibir seu vozeirão limpo e grave que recita os versos (e arrepia às vezes) e também seu rasgado de timbre médio pra cadaverizar as canções, fazendo a gente se lembrar de que estamos ouvindo Metal extremo agressivo e forte, que não se contém quando quer ser realmente poderoso, com a bateria frenética, riffs arrastados e atmosfera geral caótica. Mas a verdade é que essa simbiose entre melodia e agressividade não é perfeita, a melodia acaba se sobressaindo e desagradando aqueles que esperavam por uma fusão mais equilibrada. De todo modo, "Atoma" não deve ser ignorado, é um disco perfeito pra ouvir quando se está tenso e no seu estado de repouso ao mesmo tempo. É, humanos são meio complicados, conseguem ficar assim às vezes.
Faixas:
01. Encircled
02. Atoma
03. Forward Momentum
04. Neutrality
05. Force Of Hand
06. Faithless By Default
07. The Pitiless
08. Our Proof Of Life
09. Clearing Skies
10. When The World Screams
11. Merciless Fate
12. Caves And Embers

OBS: O disco "Winter Thrice" do Borknagar está I-DÊN-TI-CO a esse álbum!!! É impressionante a semelhança, ambas as bandas partiram de influências diferentes e chegaram no mesmo resultado!!! Se gostou desse do Dark Tranquility, vai gostar do Borknagar!

Banda: Fleshgod Apocalypse
Álbum: King
Estilo: Death Metal Sinfônico

O Fleshgod Apocalypse ganhou destaque na cena do Metal extremo há alguns anos por fazer algo que se julgava impossível: unir a melodia sinfônica à brutalidade do Death Metal. O MaYaN e outras bandas mais desconhecidas já se arriscaram nessa proposta, mas o Fleshgod foi a primeira que conseguiu relevância mostrando uma fórmula mais consistente e funcional. Em essência, era uma banda de Brutal Death Metal com um órgão ou outro instrumento sinfônico em segundo plano, resultando numa sonoridade inflada que exige muita dedicação do ouvinte, mas que não se torna enfadonha ou enfastiante. É uma experiência fascinante ouvir algo tão podre e tão épico ao mesmo tempo. E aqui em "King", a banda fez uma coisa que pode desagradar os que já conhecem o estilo dela, que foi manter o extremismo e a sinfonia em equilíbrio pleno, deixando ambos coexistirem e dividirem seu espaço. Esse equilíbrio fez as canções perderem bastante do seu peso e intensidade, tanto que a bateria tem o típico som de metralhadora somente em momentos e canções pontuais. As composições também não abrem mão de experimentalismos e invencionices pra deixar tudo mais nobre e luxuoso, bem ao estilo do rei desta capa. A faixa #07, inclusive, serve de separação entre o "primeiro" e "segundo ato" do álbum, pois se trata de uma voz operística acompanhada de um piano e só. Pra ver como a banda não tem medo de fazer o que quiser! "King" nada mais é do que um Death Metal requintado e um pouco difícil pra gente se adaptar no começo, pois claramente se trata de algo diferente do habitual, uma reinvenção do Metal extremo e até mesmo do próprio estilo da banda. Agora ficamos na expectativa pra ver se seu próximo álbum se torna mais operístico ainda, ou se mantém na mesma pegada, ou volta pro Death arrasador do seu início. Seja qual for o rumo, está ótimo.
Faixas:
01. Marche Royale
02. In Aeternum
03. Healing Through War
04. The Fool
05. Cold As Perfection
06. Mitra
07. Paramour (Die Leidenschaft Bringt Leiden)
08. And The Vulture Beholds
09. Gravity
10. A Million Deaths
11. Syphilis
12. King